domingo, 13 de setembro de 2015

Um sopro

A paixão é um sopro
Até onde seu fôlego pode ir?
Como evitar sua dispersão
na ventania dos dias e horas?
A ampulheta derrama
seus últimos grãos de areia
Ah, o tempo!
Todos os minutos e segundos 
atentos
Observando o brilho do olhar
se esvanecer aos poucos
A alma faminta
definhar em água
E navegar sem direção
...

Ane Montarroyos

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